Apesar dos meus dias extremamente corridos — muitos deles com mais de 10 horas de trabalho — o Screen Time iPhone mostra que, em média, eu passo de uma a duas horas por dia no Instagram. Admito que, tirando o próprio trabalho, não existe nenhuma outra atividade que consuma tanto do meu tempo diário (com exceção do deslocamento em São Paulo, no qual, por enquanto, não tenho muita escolha).

Pensando melhor sobre o conteúdo que vejo lá, não consigo lembrar de muita coisa interessante. Mesmo seguindo grandes celebridades e músicos, meu feed do dia a dia é recheado de curiosidades inúteis, postagens de pessoas com quem não falo há mais de 10 anos e, claro, muitos anúncios de coisas que nem posso comprar. Alguns anos atrás, fiz uma limpa no Twitter, removendo todos que eu não queria ver — fossem amigos ou não — para seguir apenas o que é interessante (não por acaso, muitas pessoas de tecnologia e IA). Como resultado, o Twitter realmente virou meu repositório de coisas relevantes.

Como não posso comprar uma 25ª hora no dia (e, se pudesse, com certeza seria cara), decidi apagar o aplicativo do Instagram. Admito que sinto falta da minha companheira mais fiel para as horas improdutivas, mas, com uma combinação de configurações de “Não Perturbe” e remoção das notificações no celular, reencontrei a paz. Sinto até que a bateria, já bem desgastada, dura um pouco mais.

Espero que o Shorts e o Twitter não comecem a ocupar esse espaço, mas, se começarem, já sabem qual será o destino deles.

Recomendo. Adeus.